Natação na terceira idade

Natação na terceira idade

Natação na terceira idade

A prática da natação não tem idade e nos proporciona vida mais saudável, produtiva e feliz

Com a evolução da medicina e consequentemente o aumento da expectativa de vida, a velhice passou a ser considerada momento de aquisição de novas experiências, de viagens e de dedicação a atividades de lazer; os idosos da atualidade estão cada vez mais ativos e saudáveis.

Em busca do bem-estar e qualidade de vida, o aprendizado e treinamento de natação também se tornaram mais frequentes no cotidiano dessas pessoas. Hoje em dia, é comum vermos grupos de idosos nas aulas de natação e hidroginástica, em aulas de dança e atividades que exigem maior esforço e movimentação física.

Participar de aulas de natação pode ser a atividade ideal para essas pessoas, que buscam condicionamento, qualidade de vida e socialização. Auxiliam no desenvolvimento da autoconfiança e aceitação das próprias limitações impostas pela idade. As aulas de natação estimulam a formação de novas amizades e grupos de interesses comuns, preenchendo um espaço deixado pelas antigas amizades e cotidiano de trabalho.

O processo de aprendizado da natação independe da idade. Aos iniciantes, é preciso primeiramente desenvolver habilidades e consciência ao meio líquido; para muitos, este contato com a piscina acontece somente na terceira idade por indicação médica ou própria escolha e vontade em aprender a nadar.

Alguns cuidados devem ser tomados. É importante que antes de iniciar as aulas ou treinos o aluno passe por avaliação médica e faça teste ergométrico ou de esforço, que medirá a capacidade cardíaca e verificará a existência de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e hipertensão, por meio de exercícios físicos na esteira ou na bicicleta ergométrica.

Nos primeiros contatos com a água, devem ser adquiridas habilidades fundamentais no meio líquido. Sem habilidade e controle do próprio corpo, até o andar na piscina fica difícil. É comum vermos pessoas que não conseguem andar na água, escorregam frequentemente e só andam com auxílio de outros.

Caminhar em várias direções, afundar a cabeça, controlar a respiração, nadar submerso, flutuar de frente e de costas e pegar objetos no fundo da piscina são exercícios fundamentais para adquirir habilidades necessárias e iniciar o aprendizado dos nados competitivos.

As limitações físicas devem ser respeitadas para o aprendizado dos nados – crawl, costas, peito e borboleta. É natural que haja dificuldades na flexibilidade, alongamento e força muscular. Utilizar nadadeiras para o trabalho de pernas pode ser uma boa opção, uma vez que elas darão maior velocidade de deslocamento, sustentação do movimento lateral de respiração no nado crawl e na braçada do nado costas.

A coordenação dos nados pode levar mais tempo e devemos iniciar o exercício do movimento mais fácil até o mais difícil, coordenando aos poucos a locomoção de pernas e braços, pernas e respiração, braço e respiração e finalmente o nado completo.

Com ganho de técnica e fluência dos nados, podemos iniciar o desenvolvimento da capacidade aeróbica e muscular a partir de programas bem elaborados voltados a necessidades e objetivos do nadador.

A metragem nadada pode ser aumentada progressivamente – em média, os alunos desta faixa etária nadam entre 800 metros e 1500 metros por aula – respeitando a base aeróbica do aluno, sem cometer esforços anaeróbicos.

 

Almir Marchetti

Gerente e Assessor Técnico da Metodologia de Natação Gustavo Borges

 

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